quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Propaganda muito além das peças publicitárias. A mídia de nicho está apenas engatinhando por aqui.

Há tempos a campanha de propaganda não se resume mais aos intervalos comerciais, outdoors e anúncios em revista. Hoje, a presença de marca exige produção de conteúdo. E para produzir conteúdo, não há nada melhor do que uma boa parceria com os especialistas em conteúdo: os Jornalistas.
Essa continua sendo a essência da Comunicação Integrada de Marketing: A interrelação entre os publicitários, designers, marketeiros, jornalistas e relações públicas.


Um exemplo dessa parceria é a existência das rádios de nicho ou customizadas: como por exemplo a 89 Fast, fruto de uma parceria entre a 89 FM e a Nestlé, e a Sul-América Trânsito – também do Grupo Bandeirantes, que celebrou cinco anos nesse domingo.


Nessa mesma linha havia a Rádio MIT, fruto de uma parceria entre o grupo Bandeirantes, a agência Africa e a montadora de automóveis Mitsubishi FM, que infelizmente chegou ao fim - após quase quatro anos no ar, a rádio  – no dia 6 de março desse ano. Lançada em junho de 2008, a rádio misturava uma programação de rock com programas temáticos de aventura e esportes. A emissora foi colocada no ar na frequência 92,5 FM, pertencente à Rede Mundial, que retoma o controle do espaço com o fim da parceria entre a Band e a Mitsubishi.


Segundo informações do grupo meio e mensagem, nos meses de novembro, dezembro e janeiro, a Mit FM, como era conhecida a rádio, conseguiu incrementar em 50% a sua audiência média. A emissora ocupava a 29ª posição no ranking das rádios paulistanas. Sua página no Facebook possui mais de 10 mil fãs e a rádio ficou na sexta posição da lista dos Veículos Mais Admirados, elaborada pelo Meio & Mensagem.


A Mit FM seguiu o mesmo caminho da Oi FM, que desde o primeiro dia de 2012, deixou de existir em todas as cidades nas quais operava. Por questões estratégicas, a operadora de telefonia também decidiu eliminar o patrocínio de suas estratégias de marketing. Por enquanto, o Grupo Bel, detentor das frequências da Oi, busca um novo patrocinador para o espaço, que pode ser muito interessante como uma parceria de marca e produção de conteúdo.


Já a rádio Sul-América Trânsito segue aparentemente com vento em popa. Conseguiu uma correlação positiva com a sua área de atuação (Trânsito + Empresa de seguro de autos) e com isso: "Hoje, a rádio está no topo de audiência nos horários de congestionamento entre os ouvintes. É uma prestação de serviços para clientes e não-clientes que acabou por se transformar em um fenômeno de audiência e participação. Os ouvintes formam hoje uma grande comunidade focada em trocar informações para melhorar o trânsito da cidade. "(Segundo seu próprio site)


A 89 Fast por sua vez não conseguiu uma correlação entre a marca e o conteúdo, e em abril de 2012 foi noticiado pelo portal Tudo Rádio que o contrato entre 89 FM e Nestlé não seria renovado. O acordo tinha duração de 15 meses. Como a mudança no perfil artistíco da 89 como rádio Fast não foi tão significativa já era de se esperar que esta seria uma fase momentânea da emissora. A marca Fast deixou o nome da 89 em junho e a rádio retomou a marca anterior, sem alterações bruscas na programação.


Enfim, dá para perceber nitidamente que, se existe uma correlação entre o conteúdo e a marca, há uma possibilidade de sucesso, por outro lado, uma parceria "apenas no nome" está fadada ao fracasso. A produção de conteúdo relevante e ao mesmo tempo correlato à marca é fundamental para que a parceria dê frutos. A mídia de nicho está apenas engatinhando por aqui.



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Não adianta mais disfarçar, o negócio agora é escancarar!

O McDonald's, já famoso vilão da obesidade norte americana, lançou um programa no Canadá chamado:' "Nossa comida, sua pergunta! (Our food, your question)" em que pretende responder perguntas dos consumidores.

A primeira pergunta todo mundo já se questionou: "Por que os lanches do McDonald's, parecem melhores nas fotos do que na vida real?"

A resposta é bastante óbvia: "Ora, se a foto da propaganda fosse igual ao produto real, você nunca entraria em nossa loja"

Por isso ... fazemos uma maquiagem, ou em inglês, fazemos um pequeno levante na imagem (Make it up, ou makeup) que no jargão publicitário tupiniquim já virou mokape, ou mocape.

Mas uma resposta desse tipo não seria nada agradável ao público. Então, a diretora de marketing do McDonald's Canadá, Hope Bagozzi, (juntamente com toda equipe de marketing e a agência de propaganda) desenvolveu estrategicamente a resposta abaixo em forma de vídeo, indicando todo processo de melhora da imagem ao fotografar um produto. Na verdade uma aula de produção fotográfica.



Hoje em dia, não adianta tapar o sol com a peneira, tem que escancarar e mostrar de frente aquilo que acontece nos bastidores, como discutimos em sala, os produtos (e marcas) mais "sinceros" terão mais espaço no mercado a partir de agora.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Esse cara vende

Falem o que quiser desse sujeito, ele pode ser bom de bola, pode não ser tudo isso, pode ser convencido, pode ser simpático, podem apostar fichas demais nele, podem apostar fichas de menos, podem compará-lo ou não com outros jogadores, mas um fato deve ser levado em consideração: sua imagem é facilmente reconhecida por crianças e adultos, ele é o garoto ideal para muitas campanhas publicitárias, ou pelo menos para aquelas empresas que podem pagar seu cachê.


Num estudo que participei, o professor indicou que nem sempre usar uma celebridade pode trazer benefício para a marca, as vezes acontece o contrário, a marca traz mais benefícios para a celebridade do que a celebridade para a marca.


O fato é: a Tenys Pé Baruel quer que as pessoas passem a utilizar mais desodorante para os pés de forma preventiva, e não apenas para remediar o chulé. Essa marca tem apenas 8% de participação em nos lares brasileiros, ainda assim é a marca de desodorante para os pés mais lembrada, e provavelmente a mais vendida. 


A empresa tem uma meta audaciosa: quer dobrar o percentual nos próximos três anos e conta com o futebol como parte central de sua comunicação, por que será?

Segundo o site do meio e mensagem, Neymar surge na tela para divulgar uma promoção elaborada pela New Style na qual o vencedor ganhará o Touareg de propriedade do jogador. “Decidimos adotar o esporte como plataforma de nossa comunicação porque há pertinência do produto”, afirma Daniel Tiraboschi, diretor comercial e de marketing do anunciante, que patrocina o jogador e é produto oficial da Seleção, além de patrocinar pontualmente alguns clubes.

A agência por trás da campanha é a Loducca, que estreia no atendimento, em substituição à Z+.





Depois de ler essa reportagem me veio à cabeça que a corrida de rua é um dos esportes que mais cresce nos últimos anos. É um grande nicho também para o produto e uma fuga da tradicional associação Brasil e Futebol, vale a pena dar uma olhada nesse mercado tão bem explorado pelas gigantes como nike e apple #ficaadica



quarta-feira, 23 de maio de 2012

II Pró-Pesq PP – Encontro nacional de Pesquisadores em Publicidade e Propaganda



Deve haver mais pesquisa na Publicidade, porque somente assim é que se conquista a real beleza. Esse é o tema do III Pró-Pesq PP – Encontro nacional de Pesquisadores em Publicidade e Propaganda que acontece nos dias 24 e 25 de maio de 2012 na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.





O evento é acolhido desde 2010, pelos Docentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da linha de Pesquisa Consumo e usos midiáticos nas práticas sociais, que compõem o Departamento de Relações Públicas Propaganda e Turismo (CRP), da Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP), configura-se como a principal atividade dos pesquisadores em Publicidade e Propaganda e Comunicação e Consumo do país, que acontecerá nos dias 24 e 25 de maio de 2012. 

Além disso, o evento se soma ao conjunto de atividades referentes ao ano de comemoração dos 40 anos do PPGCOM/USP.


OBJETIVOS DO EVENTO
  • Colocar a  ABP2 e ECA/USP como instituições aglutinadoras de pesquisadores de referência na área da Comunicação em Propaganda e Publicidade: mercado e consumo
  • Discutir a formação de pesquisadores e os campos de atuação desses profissionais no cenário acadêmico Brasileiro
  • Valorizar institucionalmente as ações de pesquisa na área da Comunicação em Propaganda e Publicidade, mercado e consumo
  • Promover a discussão científica em torno da Comunicação em Propaganda e Publicidade, mercado e consumo a partir dos docentes pesquisadores que trabalham estas temáticas no país
  • Organizar sessões temáticas de discussão a partir de cinco GTs: Propaganda e linguagens; Propaganda e tendências; Propaganda ética e ideologias; Formação em publicidade e propaganda; Propaganda e mercado.


Para mais informações acesse o site do evento www.eca.usp.br/propesq.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Tendências?

É uma atividade comum tentar imaginar o que acontecerá nos próximos meses, e até nos próximos anos. Entretanto é evidente que não há como prever o futuro, apenas é possível tentar determiná-lo com base na maior quantidade possível de dados relevantes. Mas, quais dados são realmente relevantes?

Existem diversas empresas de pesquisas que tentam imaginar o futuro para poder definir melhor o planejamento das demais empresas. A revista exame publicou recentemente, pelas mãos da Jornalista Cris Simon um relatório interessante sobre as principais tendências para 2012, desenvolvida pela Trendwatching



Alguns resultados apontados pela trendwatching não são nenhuma novidade, por exemplo, a cultura da tela. Estamos constantemente expostos a telas, seja na frente do computador, tablets, celulares, GPS, TV, etc., e ao que tudo indica, iremos continuar expostos a essas telas. Até aí, nenhuma novidade. Por outro lado, essa pesquisa aponta dados bastante interessantes e que merecem um pouco de reflexão. Note que, observar tendências, é apenas aguçar a percepção diante dos noticiarios, manchetes de jornais, o por que não, redes sociais pois, observando aquilo que as pessoas estão publicando é possível imaginar qual rumo elas estão tomando.

Outro aspecto relevante é: Não tome as tendências como verdade absoluta, ela apenas indica um fluxo de comportamento de massa, mas as pessoas agem e reagem na sociedade individualmente, ou por grupos, logo, o que pode ser tendência para um grupo, certamente não será tendência para outro.


Chinecização do mundo: Basta observar os rótulos de qualquer produto para perceber que 90% deles é fabricado na China. Com isso, o fluxo de capitais para esse país tem sido imenso nos últimos anos, o que tem feito surgir novos ricos. Agora, esses novos ricos irão sair da China e começar a visitar diversos países, seja a passeio, seja a negócios. na primeira metade de 2011 os chineses fizeram mais de 30 milhões de viagens, e esse número só tende a crescer, a Organização Mundial do Turismo estima que o número de chineses viajando pelo mundo vai chegar a 100 milhões em 2020. Com isso, as lojas de departamentos, serviços de turismo,  empresas de aviação, hotelaria e toda gama de empresas relacionadas diretamente ou indiretamente com turismo devem se preparar para a chinecizaçnao do mundo. 

Faça Você Mesmo: Como afirmei acima, nem todas as tendências cairão como uma luva em todos os públicos. Por exemplo, eu sempre fui adepto à essa  ideia do "Do It Yourself" (DIY), não é a toa que sou um grande leitor de manuais de como fazer. Por outro lado não me considero um consumidor muito interessante para muitas empresas, afinal o "Faça Você Mesmo" tira o mercado de muitos profissionais liberais mundo afora.
Enquanto isso não era observado como tendência, não era uma ameaça, agora imagine que todos passem a buscar eles mesmos suprirem suas necessidades. Voltaremos à era dos artesãos e escambos da idade média? Enfim, é bom observar que a ideia do "Faça Você Mesmo" está voltando a ganhar força impulsionado por  aplicativos, aparelhos e recursos que permitem mais autonomia do indivíduo. Essa autonomia já pode ser notada no monitoramento de exercícios, dietas e tratamentos médicos, portanto influenciará diretamente a rotina de profissionais ligados à saúde, como médicos, profissionais de educação física, nutricionistas, fisioterapeutas, treinadores, etc. a Apple Store, por exemplo, disponibiliza hoje 9 mil aplicativos de saúde. Cabe a esses profissionais e adaptarem a essas tendências. 


PechinChic: Chamada de Dealer-chic. Curiosamente, muitas pessoas, apesar de esclarecidas, tem vergonha de negociar preços e descontos, por parecer que estão "chorando migalhas" e pedindo desconto por não ter dinheiro. Isso pode parecer vexatório para muitas pessoas, por outro lado, as novas gerações, acostumados a um universo de informações e amparados por aplicativos que informam preços em tempo real, não se preocuparam mais com essa imagem. Eles irão procurar cada vez mais pechinchas e ofertas. Esse tipo de ação passará a ser mais bem vista pela sociedade, principalmente por um maior acesso às compras online, onde as informações estão disponíveis o tempo todo e a negociação é mais provável, sem o aparecimento público nem o contato cara-a-cara com o vendedor.



EcoReciclagem: Chamado de Eco-cycology, não é nenhuma grande novidade, afinal cada vez mais os consumidores, apesar de fazerem muito pouco para preservar o meio ambiente, valorizam empresas que o fazem. 



Cashless: O fim do dinheiro de papel: Basta uma caminhada pelos bares e restaurantes, lojas de conveniência e supermercados, para perceber que poucas pessoas têm usado dinheiro vivo ultimamente. Decididamente, receber bala de troco ficou completamente ultrapassado. 


ClasseCecicismo: Alavancagem base da pirâmide urbana. Já é um assunto bastante discutido ultimamente o crescimento do poder de compra e dos interessas comerciais das classes inferiores de renda nos países. Mais do que nunca, consumidores da base da pirâmide desejarão - e poderão - comprar, mas para isso exigirão inovações exclusivas para suas circunstâncias, como questões ligadas à sua falta de espaço e busca por maior durabilidade.


Crowdsourcing e crowdfunding: A contribuição sem esforço. Já é uma tendência há algum tempo, mas as pessoas estão reconhecendo mais ainda esses ambientes de colaboração. O Crowdsourcing é uma colaboração coletiva em torno de um bem comum, através de iniciativas como essa surgiram os softwares livres e a própria wikipedia. Já o crowdfunding é a colaboração financeira para um bem maior. Na verdade o processo é semelhante a coleta de impostos, onde cada indivíduo contribui com uma pequena quantia para que o governo, ao juntar tudo, consiga fazer grandes obras para o bem comum (na verdade é assim que deveria ser), a principal diferença entre o crowdsoucing e o imposto é que o primeiro não é obrigatório, logo não é "imposto"(verbo). Enfim, as pessoas gostam de contribuir com algo que é maior do que elas mesmas. Mas a realidade é que a maior parte dos consumidores acha que é muito difícil e dá trabalho demais", isso está mudando.


Flawsome, errar é humano. Curiosamente as pessoas tem reconhecido que as empresas são feitas de pessoas, e como diz a máxima: "errar é humano". Dessa forma, empresas que erram, mas reconhecem os erros são mais bem vistas do que aquelas empresas perfeitas e que nunca erram. Sempre gera aquela dúvida: "é impossiível ser perfeita, algum defeito ela deve ter". Assim, percebe-se uma tendência de humanização das marcas, inclusive mostrando suas falhas e fraquezas. Para consumidores, ganharão pontos as empresas que souberem admitir seus erros e melhorar atitudes. "Marcas que são honestas a respeito de suas falhas, que demonstram empatia, generosidade, humildade, flexibilidade, maturidade, humor e, se nos permite dizer, algum caráter e qualidades humanas", serão mais admiradas.


Screen culture. a vida gira em torna das telas. Não é preciso muita observação para percerber que "Em 2012, a 'vida' vai acontecer por meio de telas. Enfim, ao que tudo indica, as telas serão (ainda mais) onipresentes, móveis, baratas, interativas e intuitivas.


Recomércio: troca por pontos. Essa era uma estratégia usada por diversas empresas em busca de fidelização.  Entretanto, com o passar dos anos esse tipo de estratégia acabou ganhando corpo e independência, e hoje torna-se uma tendência. É bastante comum encontrar em rodas de bate-papo discussões a respeito de cartões de milhagem, semelhantes ao caricato filme "up in the air", traduzido no Brasil por "Amor sem escalas". Enfim, aproveitar o valor de compras antigas é, e ainda será, amplamente utilizado por comerciantes e consumidores.
Maturialismo, um consumidor mais maduro em sem preconceitos. Os consumidores  estão cada vez mais onsumidores com experiência e com a cabeça aberta em mercados emergentes tradicionalmente “conservadores” vão adotar campanhas e produtos que sejam sinceros ou até arriscados.
Adeptos de um mundo sem censura e com opiniõs firmes, esses shoppers não se chocam facilmente, nem toleram ser tratados como se isso acontecesse. Capazes de conduzir conversas transparentes, aceitar e experimentar inovações ousadas, admiram cada vez mais marcas que extrapolam os limites.


Point & Know: isso eu não sei, mas daqui um minuto serei especialista no assunto. Já é possível perceber uma série de recursos que dão aos consumidores todo tipo de informação em tempo real. Se não lembra o nome  daquele artista que pintou aquele quadro, aponte o celular para o quadro que poderá encontrar a ficha completa do artista, se não se lembra quem canta aquela canção, ou nem sabe o nome da canção, aperte um botão e seu aparelho lhe dirá a ficha completa do interprete, compositor e músicos que compõem a banda desde a formação original até hoje. Se não sabe o nome do filme que está passando, aperte um botão que o aparelho lhe dará a filmografia completa do diretor e dos atores principais. Basta "apontar e saber".

Não adianta lutar contra a maré, muitas dessas coisas estão acontecendo debaixo de nossos narizes, o que fazer?


Adapte-se ou morra.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Acabou a privacidade

Recebi esse texto por email de meu pai e achei muito interessante compartilhar aqui.

Num futuro não muito distante....

- Pizzaria Google, boa noite! 
- De onde falam?
- Pizzaria Google, senhor. Qual é o seu pedido?
- Mas este telefone não era da Pizzaria do...
- Sim senhor, mas a Google comprou a Pizzaria e agora sua pizza é mais completa.
- OK. Você pode anotar o meu pedido, por favor?
- Pois não. O Senhor vai querer a de sempre?
- A de sempre? Você me conhece?
- Temos um identificador de chamadas em nosso banco de dados, senhor. Pelo que temos registrado aqui, nas últimas 53 vezes que ligou, o senhor pediu meia quatro queijos e meia calabresa.
- Puxa, eu nem tinha notado! Vou querer esta mesmo...
- Senhor, posso dar uma sugestão?
- Claro que sim. Tem alguma pizza nova no cardápio?
- Não senhor. Nosso cardápio é bem completo, mas eu gostaria de sugerir-lhe meia ricota, meia rúcula.
- Ricota ??? Rúcula ??? Você ficou louco? Eu odeio estas coisas.
- Mas, senhor, faz bem para a sua saúde. Além disso, seu colesterol não anda bom...
- Como você sabe?
- Nossa Pizzaria tem o banco de dados mais completo do planeta. Nós temos o banco de dados do laboratório em que o senhor faz exames também. Cruzamos seu número de telefone com seu nome e temos o resultado dos seus exames de colesterol. Achamos que uma pizza de rúcula e ricota seria melhor para sua saúde.
- Eu não quero pizza de queijo sem gosto e nem pizza de salada. Por isso tomo meu remédio para colesterol e como o que eu quiser...
- Senhor, me desculpe, mas acho que o senhor não tem tomado seu remédio ultimamente.
- Como sabe? Vocês estão me vigiando o tempo todo?
- Temos o banco de dados das farmácias da cidade. A última vez que o > senhor comprou seu remédio para Colesterol faz 3 meses. A caixa tem 30 comprimidos.
- Porra! É verdade. Como vocês sabem disto?
- Pelo seu cartão de crédito...
- Como?!?!?
- O senhor tem o hábito de comprar remédios em uma farmácia que lhe dá desconto se pagar com cartão de crédito da loja. E ainda parcela em 3 vezes sem acréscimo...Nós temos o banco de dados de gastos com cartão na farmácia. Há 2 meses o senhor não compra nada lá, mas continua usando seu cartão de crédito em outras lojas, o que significa que não o perdeu, apenas deixou de comprar remédios.
- E eu não posso ter pago em dinheiro? Agora te peguei...
- O senhor não deve ter pago em dinheiro, pois faz saques semanais de R$ 250,00 para sua empregada doméstica. Não sobra dinheiro para comprar remédios. O restante o senhor paga com cartão de débito.
- Como você sabe que eu tenho empregada e quanto ela ganha?
- O senhor paga o INSS dela mensalmente com um DARF. Pelo valor do recolhimento dá para concluir que ela ganha R$ 1.000,00 por mês. Nós temos o banco de dados dos Bancos também. E pelo seu CPF...
- ORA VÁ SE DANAR !
- Sim senhor, me desculpe, mas está tudo em minha tela. Tenho o dever de ajudá-lo. Acho, inclusive, que o senhor deveria remarcar a consulta que o senhor faltou com seu médico, levar os exames que fez no mês passado e pedir uma nova receita do remédio.
- Por que você não vai à m....???
- Desculpe-me novamente, senhor.
- ESTOU FARTO DESTAS DESCULPAS. ESTOU FARTO DA INTERNET, DE COMPUTADORES, DO SÉCULO XXI, DA FALTA DE PRIVACIDADE, DOS BANCOS DE DADOS E DESTE PAÍS...
- Mas senhor...
- CALE-SE! VOU ME MUDAR DESTE PAÍS PARA BEM LONGE. VOU PARA AS ILHAS FIJI OU ALGUM LUGAR QUE NÃO TENHA INTERNET, TELEFONE, COMPUTADORES E GENTE ME VIGIANDO O TEMPO TODO...
- Sim, senhor...entendo perfeitamente.
- É ISTO MESMO! VOU ARRUMAR MINHAS MALAS AGORA E AMANHÃ MESMO VOU SUMIR DESTA CIDADE.
- Entendo...
- VOU USAR MEU CARTÃO DE CRÉDITO PELA ÚLTIMA VEZ E COMPRAR UMA PASSAGEM SÓ DE IDA PARA ALGUM LUGAR BEM LONGE DE VOCÊ !!!
- Perfeitamente...
- E QUERO QUE VOCÊ ME ESQUEÇA!
- Farei isto senhor... ...(silêncio de 1 minuto)
- O senhor está aí ainda?
- SIM, PORQUE? ESTOU PLANEJANDO MINHA VIAGEM...E PODE CANCELAR MINHA PIZZA.
- Perfeitamente. Está cancelada. ...(mais um minuto de silêncio) - Só mais uma coisa, senhor...
- O QUE É AGORA?
- Devo lhe informar uma coisa importante...
- FALA, CACETE....
- O seu passaporte está vencido.  

quarta-feira, 14 de março de 2012

O origem etimológica de seu nome


É um exercício muito interessante de ser feito, procure bases reais para justificar seu texto e preencha as lacunas com sua imaginação, mas não se esqueça de buscar a lógica para a persuasão a respeito da informação transmitida.

 

Como sabem, meu nome é Marcelo Abilio Publio, e resolvi refletir um pouquinho sobre a origem etimológica de cada elemento que compõe meu nome.

Marcelo é um termo de origem latina, significa o sonhador, o desbravador, aquele que está olhando para o futuro, para a frente, para a linha do horizonte. Não por acaso o nome é resultado da junção de dois termos muito antigos na história humana: O mar e o céu. Esse nome é bastante comum na Itália, curiosamente a região mais próxima do Lacio. É resultado de Mare + Ciello = Marcello. Ou originalmente em latim Mare + cælu: Marcælu. Marcelo pode significar também filho de deus Marte.

Abilio tem origem persa, foi adaptado para o português por semelhança fonética e deriva diretamente de Habib, que significa, atenciososo, amoroso ou querido. Coincidentemente Habib é muito utilizado como nome, e não como sobrenome, entretanto, como a escrita árabe acontece da direita para a esquerda, o sobrenome aparentemente vêm em primeiro lugar para os ocidentais. Dessa forma, meu bisavô, que chamava-se Habib Asdrak, em seu registro no Brasil foi alterado para Asdrak Habib, e seu primeiro nome tornou-se o sobrenome da família.

Por último lugar, Públio, pela sua característica fonética explosiva é possível perceber sua origem bélica romana. Públio está associado à força e resistência. Corresponde foneticamente a um dos metais mais antigos usados pela humanidade: o chumbo, do Plumbum. Foneticamente esse nome foi associado ao metal por conta de experiências alquimistas em tinas d’água onde o elemento era atirado para verificar sua densidade. Plumbum era o som que esse elemento químico fazia ao cair n’água.

Tente, é um excelente exercício de reflexão e faz com que você investigue as palavras e seu conteúdo. Além disso, pode ser um interessante exercício de criatividade, narrativa, definição de termos e investigação.

O que você pensa a respeito de seu nome?

terça-feira, 6 de março de 2012

Os mistérios da memória

As experiências da neurociência são fundamentais para entender o funcionamento do cérebro humano e como ele reage ao mundo.

Entender o funcionamento da memória é fundamental para qualquer profissional de Comunicação, Desde os jornalistas até os publicitários e relações públicas. E também não menos importante para os designers, afinal é na memorização que se fundamenta a Comunicação.

Essa experiência realizada pela National Geographic explica como as pessoas percebem e interpretam um determinado fato, isso é de extrema importância para um jornalista conseguir escrever uma matéria factual estando sujeito às imperfeições impostas à memória de cada uma das pessoas que vivenciou ou testemunhou o fato.

Além disso, a experiência com os jurados falsos é extremamente interessante para verificar a influência da sociedade sobre a percepção individual dos fatos.

Outro tema importante apresentado nesse vídeo é a forma como a memória processa dados isolados e como ela processa dados inseridos num contexto. Esse contexto, quando apresentado na forma de uma história facilita muito o processo de memorização.

A construção dessas histórias é muito explorado tanto pelo mercado publicitário quanto pela área de literatura e entretenimento audiovisual.

São 45 minutos de vídeo muito interessante, vai mudar sua forma de construir a comunicação, vale a pena ver.

Mais detalhes no site da NatGeo





quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Achei muito interessante esse infográfico sobre a História do Marketing e da Comunicação.

History of Marketing Infographic

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Educação: de longe um grande negócio

Qual é a distância da educação? A distância até a faculdade? A distância até o professor? A distância até os livros? Ou estamos a um clique da educação?


Uma coisa deve ficar bem clara, ler dados no computador, compartilhar piadas ou frases feitas não é educação, apesar de ser também um dos caminhos para construir a cultura pessoal, não é (e nem deve ser) o único. 


A cultura do indivíduo é construída de diversas maneiras, por diversos canais, e por que negar a internet, redes sociais e computador como uma forma de adquirir cultura! 
O que não se pode admitir é que esta seja a única forma de aprendizado.


Lembrei-me disso depois que encontrei uma matéria na Exame que passou despercebida: a Kroton comprou a Unopar na maior aquisição da história da educação!

Segundo a matéria, a Kroton Educacional, empresa controlada pelo fundo americano de private equity Advent (e também dona do grupo Pitágoras) pagou 1,3 bilhão de reais para assumir o controle da Unopar. Até a compra da Unopar, o maior negócio da história do setor no Brasil havia sido a aquisição da Uniban pela Anhanguera por 510 milhões de reais.

Pois é! A educação é um grande negócio, principalmente aqui no Brasil!

E qual é o valor da educação nessa transação? 1,3 bilhão de reais! Aproximadamente oito mil reais por aluno. Depois dessa notícia cheguei até a sonhar ter recebido oito mil reais por estudante que tive ao longo de minha docência, mas ficou só no sonho, meu soldo é bem mais modesto.

O mérito desse trabalho todo é do médico jaboticabalense Marco Antonio Laffranchi e de sua esposa. A Unopar nasceu em 1972. O casal se dividia na administração da universidade: ele cuidava da área comercial, e ela, da acadêmica. Há aproximadamente nove anos, a universidade passou a investir no ensino a distância. Entre 2003 e 2011, a rede mudou de um quadro de 1 800 alunos para 145 600 (o equivalente a três vezes o número de matrículas da USP, a maior universidade pública do país).

Como o modelo de ensino a distância tem custos menores, pois os professores (mão de obra cara e de qualidade dentro das univeridades) diluem seus salários ensinando uma quantidade imensa de estudantes. Um único professor chega a lecionar para sete mil alunos ao mesmo tempo em até 399 cidades.  

O modelo é bastante simples, mas inovador. As aulas são transmitidas ao vivo, via satélite, uma vez por semana para salas espalhadas por todo o país, onde um grupo de 400 “tutores”  acompanha os estudantes pessoalmente.

A Unopar chegou  a lugares remotos, como Cametá (no Pará) e Cacequi (no Rio Grande do Sul), e criou a figura do “parceiro local”, responsável por alugar a sala de aula e atrair alunos em troca de percentagens das mensalidades.


Por outro lado, as novas regras impostas pelo Ministério da Educação colocaram um freio no crescimento do ensino a distância — a abertura de polos, por exemplo, passou a ser controlada. Na verdade é uma forma de controlar a qualidade desse tipo de ação.

Mais detalhes dessa matéria no site da Exame