quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Educação: de longe um grande negócio
Qual é a distância da educação? A distância até a faculdade? A distância até o professor? A distância até os livros? Ou estamos a um clique da educação?
Uma coisa deve ficar bem clara, ler dados no computador, compartilhar piadas ou frases feitas não é educação, apesar de ser também um dos caminhos para construir a cultura pessoal, não é (e nem deve ser) o único.
A cultura do indivíduo é construída de diversas maneiras, por diversos canais, e por que negar a internet, redes sociais e computador como uma forma de adquirir cultura!
O que não se pode admitir é que esta seja a única forma de aprendizado.
Lembrei-me disso depois que encontrei uma matéria na Exame que passou despercebida: a Kroton comprou a Unopar na maior aquisição da história da educação!
Segundo a matéria, a Kroton Educacional, empresa controlada pelo fundo americano de private equity Advent (e também dona do grupo Pitágoras) pagou 1,3 bilhão de reais para assumir o controle da Unopar. Até a compra da Unopar, o maior negócio da história do setor no Brasil havia sido a aquisição da Uniban pela Anhanguera por 510 milhões de reais.
Pois é! A educação é um grande negócio, principalmente aqui no Brasil!
E qual é o valor da educação nessa transação? 1,3 bilhão de reais! Aproximadamente oito mil reais por aluno. Depois dessa notícia cheguei até a sonhar ter recebido oito mil reais por estudante que tive ao longo de minha docência, mas ficou só no sonho, meu soldo é bem mais modesto.
O mérito desse trabalho todo é do médico jaboticabalense Marco Antonio Laffranchi e de sua esposa. A Unopar nasceu em 1972. O casal se dividia na administração da universidade: ele cuidava da área comercial, e ela, da acadêmica. Há aproximadamente nove anos, a universidade passou a investir no ensino a distância. Entre 2003 e 2011, a rede mudou de um quadro de 1 800 alunos para 145 600 (o equivalente a três vezes o número de matrículas da USP, a maior universidade pública do país).
Como o modelo de ensino a distância tem custos menores, pois os professores (mão de obra cara e de qualidade dentro das univeridades) diluem seus salários ensinando uma quantidade imensa de estudantes. Um único professor chega a lecionar para sete mil alunos ao mesmo tempo em até 399 cidades.
O modelo é bastante simples, mas inovador. As aulas são transmitidas ao vivo, via satélite, uma vez por semana para salas espalhadas por todo o país, onde um grupo de 400 “tutores” acompanha os estudantes pessoalmente.
A Unopar chegou a lugares remotos, como Cametá (no Pará) e Cacequi (no Rio Grande do Sul), e criou a figura do “parceiro local”, responsável por alugar a sala de aula e atrair alunos em troca de percentagens das mensalidades.
Por outro lado, as novas regras impostas pelo Ministério da Educação colocaram um freio no crescimento do ensino a distância — a abertura de polos, por exemplo, passou a ser controlada. Na verdade é uma forma de controlar a qualidade desse tipo de ação.
Mais detalhes dessa matéria no site da Exame
Uma coisa deve ficar bem clara, ler dados no computador, compartilhar piadas ou frases feitas não é educação, apesar de ser também um dos caminhos para construir a cultura pessoal, não é (e nem deve ser) o único.
A cultura do indivíduo é construída de diversas maneiras, por diversos canais, e por que negar a internet, redes sociais e computador como uma forma de adquirir cultura!
O que não se pode admitir é que esta seja a única forma de aprendizado.
Lembrei-me disso depois que encontrei uma matéria na Exame que passou despercebida: a Kroton comprou a Unopar na maior aquisição da história da educação!
Segundo a matéria, a Kroton Educacional, empresa controlada pelo fundo americano de private equity Advent (e também dona do grupo Pitágoras) pagou 1,3 bilhão de reais para assumir o controle da Unopar. Até a compra da Unopar, o maior negócio da história do setor no Brasil havia sido a aquisição da Uniban pela Anhanguera por 510 milhões de reais.
Pois é! A educação é um grande negócio, principalmente aqui no Brasil!
E qual é o valor da educação nessa transação? 1,3 bilhão de reais! Aproximadamente oito mil reais por aluno. Depois dessa notícia cheguei até a sonhar ter recebido oito mil reais por estudante que tive ao longo de minha docência, mas ficou só no sonho, meu soldo é bem mais modesto.
O mérito desse trabalho todo é do médico jaboticabalense Marco Antonio Laffranchi e de sua esposa. A Unopar nasceu em 1972. O casal se dividia na administração da universidade: ele cuidava da área comercial, e ela, da acadêmica. Há aproximadamente nove anos, a universidade passou a investir no ensino a distância. Entre 2003 e 2011, a rede mudou de um quadro de 1 800 alunos para 145 600 (o equivalente a três vezes o número de matrículas da USP, a maior universidade pública do país).
Como o modelo de ensino a distância tem custos menores, pois os professores (mão de obra cara e de qualidade dentro das univeridades) diluem seus salários ensinando uma quantidade imensa de estudantes. Um único professor chega a lecionar para sete mil alunos ao mesmo tempo em até 399 cidades.
O modelo é bastante simples, mas inovador. As aulas são transmitidas ao vivo, via satélite, uma vez por semana para salas espalhadas por todo o país, onde um grupo de 400 “tutores” acompanha os estudantes pessoalmente.
A Unopar chegou a lugares remotos, como Cametá (no Pará) e Cacequi (no Rio Grande do Sul), e criou a figura do “parceiro local”, responsável por alugar a sala de aula e atrair alunos em troca de percentagens das mensalidades.
Por outro lado, as novas regras impostas pelo Ministério da Educação colocaram um freio no crescimento do ensino a distância — a abertura de polos, por exemplo, passou a ser controlada. Na verdade é uma forma de controlar a qualidade desse tipo de ação.
Mais detalhes dessa matéria no site da Exame
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