Vendo coisas como essa é possível refletir um pouco:
- para o público em geral: não acredite em tudo que vê na rede;
- para os publicitários e comunicadores: acredite que tudo é possível com a Internet.
Entre os fenômenos recentes provocados pela Internet vimos a estratégia desenvolvida pela agência We Comunicação para a Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP).
Nessa estratégia foram contratadas duas jovens (Michaela Matejkova - uma personal trainner eslovaca e Alicia Seffrans - uma modelo Britânica) para desempenharem o papel de duas supostas Tchecas .
Nessa estratégia foram contratadas duas jovens (Michaela Matejkova - uma personal trainner eslovaca e Alicia Seffrans - uma modelo Britânica) para desempenharem o papel de duas supostas Tchecas .
Interpretando esse papel, elas "criaram" um blog para demonstrarem o quanto são apaixonadas pelo Brasil. O primeiro vídeo "produzido por elas" é esse aí, gravado de um estúdio em Londres num quarto montado especialmente para parecer o quarto delas em Praga.
Entretanto, tratava-se na verdade da estratégia para o lançamento de uma nova cerveja da Companhia Brasileira de Bebidas Premium de Jõao Carlos Noronha. O que parecia uma brincadeira inocente, ganhou proporção nacional quando foi adotada pela mídia tradicional - segundo a revista EXAME, as meninas foram ingênuamente adotadas pelos incautos humoristas do Pânico na TV - que criaram um reallity show envolvendo as aventuras das Tchecas no Brasil.
Tão logo a estratégia foi revelada, o reality show foi tirado do ar. Não era por menos, afinal o único patrocinador do Pânico é a marca Skol, da AMBEV. Segundo o diretor de marketing da Companhia Brasileira de Bebidas Premium, Lucas Afonso, tratava-se do primeiro 'step': criar buzz e apresentar o DNA da marca, mostrando qual é a pegada da Cerveja Proibida de forma divertida. Não queremos nos adaptar a modelos e criar campanhas tradicionais". Bem, até parece discurso novo, né? Mas todo anunciante quer isso, não? O detalhe é que eles conseguiram, pelo menos por enquanto!
A Internet provou mais uma vez que é possível desenvolver uma campanha arrebatoadora que leva milhões de pessoas a verem e comentarem seu conteúdo. Resta ver se eles tem competência para permanecer no pico, haja vista que, na Cultura do Fast Food de informação que vivemos hoje, as notícias são tão efêmeras quanto um Bic Mac, e em pouquíssimo tempo caem no "esquecimento coletivo".
A Internet provou mais uma vez que é possível desenvolver uma campanha arrebatoadora que leva milhões de pessoas a verem e comentarem seu conteúdo. Resta ver se eles tem competência para permanecer no pico, haja vista que, na Cultura do Fast Food de informação que vivemos hoje, as notícias são tão efêmeras quanto um Bic Mac, e em pouquíssimo tempo caem no "esquecimento coletivo".
Ironicamente, mais uma enganação por parte dos Tchecos (haja visto que o primeiro deles foi a invenção de um supermercado inexistente em Praga: O Sonho Tcheco)
O mais interessante dessa hisória foi que a cerveja - da marca ainda não lançada chamada "Proibida" - conseguiu uma notoriedade jamais imaginada, e numa campanha aparentemente "barata" (cerca de 400 mil reais). Com o apoio do "Pânico na TV"conseguiu cerca de 40.000 seguidores a mais no twitter que a Devassa na época da campanha com a Paris Hilton. (Estima-se que a Schincariol tenha investido quase 100 milhões na Campanha da Devassa).
A campanha que colocou a cerveja Proibida na mídia ainda gerou polêmica pra todos os lados. Não bastasse ter enganado o Pânico na TV!, sites e os bastidores publicitários, a discussão em torno da ação chegou até o ponto de saber quem, afinal, idealizou a estratégia. Daí voltamos àquela velha discussão: quem é o pai da ideia, aquele que a concebe ou aquele que a realiza? Bemm esse é um tema para outra discussão.
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